TAMANHO NÃO É DOCUMENTO
Uma coisa é
ouvir que o Brasil é um país grande, de dimensões continentais; outra é constatar visualmente, no mapa acima, que toda a Europa Ocidental cabe nele e
ainda sobra muito espaço.
Demonstrar a grandeza territorial de nosso país é o propósito desta montagem produzida em meados do
século XX (data provável, 1947), época em que não havia satélites, GPS, internet e nem fotos tiradas do espaço. Interessante notar que a demarcação
político-territorial da parte européia do documento ainda segue a configuração anterior à Segunda Guerra Mundial.
O mapa original traz
legendas com dados para comparação:
Brasil Área: 8.511.189 km² População: 48.000.000 de habitantes
América do Sul (sem o Brasil) Área: 9.578.811 km² População: 90.000.000 habitantes
Europa Área: 9.860.000
km² População: 497.000.000 habitantes
Estados Unidos da América (sem o Alaska) Área: 7.481.422 km²
População: 130.000.000 habitantes
Mas nem sempre tamanho é importante quando se trata da condição de vida das pessoas - a pequena
Noruega, por exemplo, continua como o país mais rico do mundo e melhor para se viver pelo quinto ano consecutivo, segundo o relatório do Índice de
Desenvolvimento Humano da ONU de 2005.
É o país que apresenta o maior nivelamento entre sexos, menos pobreza e desigualdades sociais e
97% da população pertencem à classe média. Sua economia nunca passou por recessão e vive praticamente o pleno emprego. A força de trabalho é altamente
qualificada e especializada, usufruindo generosos programas de educação, de assistência e segurança social.
Quanto ao Brasil, apesar de
seu gigantismo, bom clima e fartura de recursos naturais, está em 63º lugar entre 177 países no ranking de qualidade de vida. Também temos a oitava
maior (pior) desigualdade social do mundo, à frente apenas da Guatemala e das repúblicas africanas de Lesoto, Botsuana, Serra Leoa, República da
África Central e Suazilândia.
Ranking do IDH 2005: 1º Noruega, 2º Islândia, 3º Austrália, 4º Luxemburgo, 5º Canadá, 10º
Estados Unidos, 15º Grã-Bretanha, 34º Argentina, 63º Brasil, 127º Índia e 177º Nigéria.
Celso Serqueira
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